
Nem tudo começa com lápis e borracha. O que importa para quem quer viver de quadrinhos é gostar de ler. Pelo menos é o que ensina o roteirista André Diniz. “Leia muito, muito mesmo, uma leitura a mais variada possível. Devore romances, livros sobre história, biografias e tudo o mais que puder. Aprenda a escrever bem, estude outras línguas. Depois, então, busque uma forma própria de se expressar: um estilo de desenho, de escrever. Depois pense em temas originais”, orienta Diniz.
Pode parecer simples, mas a verdade é que vida de quadrinhos é um caminho árduo e desafiador, de acordo com os profissionais. “O primeiro passo é se munir de humildade e paciência”, aconselha Diniz, se referindo às críticas de início de carreira. Foi através de temas da história do Brasil que ele começou a produzir seus primeiros quadrinhos. Amante da leitura, o roteirista escolhia períodos e fatos históricos do país e fazia suas adaptações. Foi quando percebeu que aqueles que liam suas HQs acabavam aprendendo sobre história do Brasil, mesmo sem perceber.
Artista premiado e professor de História em Quadrinhos em Curitiba, José Aguiar também acredita no poder da leitura: “É necessário estar sintonizado com o que acontece no mundo. Os quadrinhos são um registro do imaginário popular”, ensina. O quadrinista também aconselha a gostar de artes: músicas, romances, revistas, games, esportes etc. “O acesso à cultura entretém e alimenta o artista com o mundo a sua volta... Fazer quadrinhos exige que sua mente esteja no universo ao seu redor”, explica José. O quadrinista surpreende: “para fazer quadrinhos, não precisa saber desenhar”. Isso mesmo! Como, hoje em dia, os profissionais são bem especializados, é possível decidir ser apenas roteirista, desenhista, arte-finalista etc. Isso já aumenta em muitos os ramos no mercado onde pode trabalhar um quadrinista
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